Acesso a aplicativos em smartphones aumentou principalmente em países asiáticos como China e Índia. As pessoas passaram 3 horas e 40
minutos, em média, utilizando aplicativos em 2019.
E o Brasil tem participação ativa nesse processo, ficando na terceira
colocação no ranking dos países em termos de tempo gasto em apps, levemente
acima da média, com 3 horas e 45 minutos. As informações são do principal
relatório sobre o tema no mundo, da consultoria App Annie. A edição de 2020 foi
divulgada em 15 de janeiro de 2020.
O país foi superado pela China,
onde as pessoas mexem com esses programas durante quase 4 horas, e a Indonésia,
onde o tempo diário chegou a 4 horas e 40 minutos. Em seguida, vêm a Coreia do
Sul (3h40) e Índia (3h30). Na comparação entre 2019 e 2017,
a China obteve a maior ampliação (60%), seguida pela Índia, o Canadá e a França
(25%), a Indonésia (20%) e o Brasil, a Alemanha, Coreia do Sul, o Japão e Reino
Unido (15%). No recorte por idade, a chamada
geração Z (nascida entre 1997 e 2012) passou 3 horas e 46 minutos por app por
mês e teve 150 sessões por mês nos principais aplicativos.
O download anual de aplicativos
cresceu 45% nos últimos três anos: saiu de 140 bilhões em 2016 para chegar a
quase 204 bilhões em 2019. No Brasil, esse aumento foi de 40%,
atingindo cerca de 5 bi no ano passado. Entre as nações, o maior aumento no
período foi da Índia: 190%.
Tipos
Os apps de finanças foram
acessados 1 trilhão de vezes em 2019, um crescimento de 100% na comparação com
2017. O Brasil também ficou em terceiro no ranking desse tipo de programa,
atrás apenas da Índia e da China. Mas enquanto alguns países já têm
a maioria de acessos em carteiras virtuais (China e Coreia do Sul), no Brasil e
em outros (como Indonésia, França e Alemanha) as transações digitais são
realizadas em sua maioria por apps de bancos. Os apps mais baixados nessa
categoria foram Nubank, FGTS, Picpay, Caixa e Mercadopago.
O Brasil seguiu na terceira
colocação também no ranking do crescimento em tempo gasto em apps de compras,
atrás da Índia e Indonésia. Entre 2018 e 2019, os brasileiros
ampliaram em 32% a sua presença nesse tipo de ferramenta. Os apps mais baixados
com essa finalidade foram Mercadolivre, Americanas, Magazine Luiza, AliExpress
e Wish. A colocação foi mantida também no
caso dos apps de entrega de comida. O número de sessões nesse tipo de
ferramenta entre os usuários daqui foi de 8 bilhões, ficando atrás dos Estados
Unidos (10 bi) e da Indonésia (20 bi).
Já nas aplicações voltadas ao
entretenimento, o Brasil ficou em 7º lugar no ranking de crescimento entre 2018
e 2019, ainda assim com um índice de 32%. Entre os locais onde o uso desse
tipo de app foi maior estão Índia (78%), França (60%) e Japão (58%). Os mais
baixados dessa modalidade foram Netflix, YouTube Go, Amazon PrimeVideo,
Globoplay e Viki.
Entre as redes sociais, o estudo
não divulgou ranking mundial, mas registrou a força do app chinês Tik Tok. A
lista de mais baixados no Brasil é formada por WhatsApp, Status Saver,
Snapchat, Telegram e Hago.
Investimentos
Já os gastos com aplicativos
aumentaram 110%, passando de US$ 55 bilhões para US$ 120 bilhões no mesmo
período. Os jogos são responsáveis por 72% do faturamento. A China aumentou
190% nos últimos três anos, chegando a acumular 40% do mercado mundial. Em 2019, foram gastos US$ 190
bilhões em publicidade em dispositivos móveis. Neste ano, a projeção da
consultoria é de que essa movimentação chegue a US$ 240 bilhões.
Fonte: canaltech.com.br
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