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11 de jul. de 2011

Transformers: O Lado Oculto da Lua




Por Paulo Gadioli

O lançamento da última parte de uma trilogia naturalmente cria expectativa. Ainda mais de uma lucrativa série como Transformers, que teve uma boa estreia e, depois, uma completa catástrofe em sua continuação, admitida até mesmo pelo diretor Michael Bay. Na época, o cineasta culpou a crise dos roteiristas de Hollywood pela qualidade duvidosa da produção. Agora, sem poder se esconder atrás de novas desculpas, ele apresenta Transformers: O Lado Oculto da Lua, longa que, ao tentar voltar ao espírito do primeiro, encontra o equilíbrio para ser um filme de ação visualmente empolgante e divertido, mas nada além disso.

O roteiro, que foi trabalhado a seis mãos em Transformers: A Vingança dos Derrotados, agora ficou por conta apenas de Ehren Krueger. Ele começa bem, ao entrelaçar a história dos alienígenas com a do planeta Terra. Descobrimos a relação que os Transformers tiveram com a chegada do homem à lua e grandes acontecimentos mundiais, como o acidente nuclear em Chernobil. Mas a ideia aos poucos vai se desgastando e as duas horas e trinta e dois de filme parecem demais.



Para manter o espectador atento, Bay apostou no 3D. Um dos pontos fortes do filme, esta tecnologia não vinha sendo tão bem explorada desde Avatar, tornando-se assim ponto crucial para a experiência completa do longa. Aparentemente, detalhes como a profundidade de personagens ou maior elaboração de roteiro foram deixados de lado para dar vez ao 3D, este sim o verdadeiro protagonista da produção.



Pode parecer um exagero desconsiderar o trabalho dos atores, mas o próprio longa nos leva a acreditar que a função deles é meramente nos levar de uma cena de ação a outra, mais ou menos como acontece em Sucker Punch – Mundo Surreal. A diferença é que aqui temos grandes nomes, como Frances McDormand e John Malkovich, emprestando seu talento a personagens que pouco adicionam à trama individualmente, mas que juntos ao elenco de apoio fazem o precário roteiro funcionar.

Desde que foi anunciada como nova namorada do herói vivido por Shia LaBeouf, Rosie Huntington-Whiteley tem sido uma das mais questionadas adições do elenco. A primeira cena da britânica serve para mostrar sua finalidade no filme e o "cuidado" que Bay tem com os personagens que cria. A câmera segue Rosie - que está vestindo apenas camiseta e calcinha - em sequência que nos lembra o comercial de lingerie em que o diretor encontrou a então modelo. Nos poucos momentos em que tem de atuar, seu desempenho é razoável, embora esta claramente não fosse a preocupação do diretor.

Novos robôs também são apresentados no longa, tanto do lado dos heróis (Autobots) quanto dos vilões (Decepticons). Os novos Decepticons possuem maior relevância na trama, especialmente o odiável Laserbeak. Shockwave, um dos melhores transformers apresentados até aqui, infelizmente tem pouco tempo de tela, mas deixa sua marca quando aparece. Sentinel Prime, largamente alardeado nas peças promocionais do filme, tem papel decepcionante no decorrer da história - seu único apelo é ser dublado por Leonard Nimoy (O Senhor Spock, de Star Trek).

Goste ou não, Michael Bay possui um estilo próprio. Leia-se: explosões, perigo mundial, explosões, mulheres bonitas, explosões, forte presença de militares, explosões, perseguições de carro, explosões... e grandiosas cenas de ação. Se esses pontos te atraem, assista à Transformers: O Lado Oculto da Lua sem receio e prepare-se para algumas – longas – horas de diversão. E não esqueça do 3D.


Fonte: cineclick

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